São Paulo, sábado, 27 de julho de 1996 |
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Marketing de Maluf custa R$ 20,2 mi
XICO SÁ
Os principais sócios dessas empresas, Nelson Biondi e Duda Mendonça, foram responsáveis pela campanha eleitoral do prefeito Paulo Maluf (PPB). No momento, os dois trabalham no setor de comunicação da campanha de Celso Pitta, candidato de Maluf a prefeito de São Paulo. As agências Duda Mendonça e Biondi & Associados ganharam duas concorrências públicas, segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Planejamento, para realizar os serviços. A assessoria informou que a primeira concorrência foi feita em 1994. A segunda, em 95. Ambas as empresas venceram por intermédio de um consórcio que contou também com a participação da Salles Publicidade. Aumento de gasto A previsão de gastos publicitários da prefeitura para este ano é de cerca de R$ 30 milhões. Este valor, no entanto, pode ser superado. O orçamento é flexível. Em ano eleitoral, é comum, em todo o país, um crescimento significativo nas verbas para divulgar realizações e vender uma imagem positiva dos prefeitos. No ano passado, Maluf gastou R$ 32 milhões com a publicidade. O orçamento inicial previa um investimento de R$ 26 milhões. No seu último ano de mandato, a ex-prefeita Luiza Erundina, candidata do PT à prefeitura, chegou a gastar R$ 9,6 milhões com propaganda da sua gestão. O publicitário Duda Mendonça disse ontem que não mistura publicidade de governo com campanha eleitoral: "Tenho uma empresa para cada atividade, exatamente para não confundir as coisas". Segundo ele, sua agência cuida de contas de governos, como a da Prefeitura de São Paulo, e de propaganda de empresas. A Nove Marketing Político é responsável por campanhas eleitorais, como a de Celso Pitta. "O dinheiro de uma não se mistura com o dinheiro de outra, e os sócios também são diferentes." Na divisão de gastos da prefeitura, a Duda Mendonça ficou com R$ 6,1 milhões. A Biondi ganhou R$ 7,5 milhões. A Salles Publicidade recebeu R$ 2,9 milhões. Os dados, divulgados ontem no "Diário Oficial" do município, mostram ainda os custos de anúncios e publicações oficiais obrigatórias, como atas e editais. Procurado pela Folha, Nelson Biondi não foi localizado. Seus funcionários informaram que ele telefonaria para o jornal, o que não ocorreu até o fechamento desta edição. Texto Anterior: Serra quer fazer shopping e centro de lazer no Carandiru Próximo Texto: UNIVERSAL; QUÉRCIA; BATE-BOCA; CAMISA; BRECHA; RENDA Índice |
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