São Paulo, sábado, 27 de julho de 1996
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Testes ainda são imprecisos

DA REPORTAGEM LOCAL

A imprecisão dos testes laboratoriais para detectar o HIV no corpo humano é o principal obstáculo para se ter certeza se o vírus foi realmente erradicado.
Uma das formas de descobrir se existe vírus no sangue é pelo teste de medição de PCR (Polymeras Chaim Reaction).
Segundo o infectologista Artur Timerman, comercialmente, em qualquer país do mundo, os laboratórios somente conseguem detectar a presença do vírus quando existem mais de 5.000 partículas virais por milímetro cúbico de sangue.
Os laboratórios mais avançados, que trabalham fora do circuito comercial em pesquisas especiais, fazem testes que identificam quem tem mais de 500 partículas virais por milímetro cúbico de sangue.
"Por isso é muito difícil falar em negativação do PCR. O teste pode dizer que o HIV foi zerado no sangue e, ao mesmo tempo, o vírus continuar lá, só que numa quantidade que não dá para detectar", disse Timerman.
Hora de parar
Mesmo com um resultado do PCR "zerado", o paciente não pára de tomar a medicação.
Timerman conta que "é impossível no momento saber o momento de parar com os coquetéis". "Talvez nós só ficaremos sabendo a hora de parar com a medicação daqui uns dez anos. Por enquanto, isso é pura especulação. Todos os médicos devem avisar seus pacientes", afirmou.

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