São Paulo, segunda-feira, 29 de julho de 1996
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Riachuelo troca de agência para crescer em São Paulo

CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

A disputa pelo consumidor paulistano de renda mais baixa vai se acirrar nos próximos meses, no setor de confecções e de roupas de cama, mesa e banho. A Lojas Riachuelo, uma cadeia com 48 lojas, começa a colocar em prática seus planos de expansão em São Paulo.
"Abrir lojas em São Paulo é nossa prioridade número 1", informa Elvio Gurgel Rocha, 33, diretor de marketing da empresa e que é da família que controla a Riachuelo e o grupo têxtil Guararapes, com origem em Natal (RN).
A família se tornou mais conhecida nacionalmente com a candidatura de Flavio Rocha, dirigente do grupo, à Presidência da República em 94, defendendo a proposta de um imposto único.
Com grande parte das suas lojas nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, o público alvo da Riachuelo são as mulheres, com renda familiar média de US$ 500, que moram em grandes cidades (acima de 500 mil habitantes), interessadas em moda e sem muito dinheiro para gastar em roupas.
É um público consumidor muito semelhante ao da rede de lojas C&A, considerada por Rocha como seu principal concorrente.
Relativamente pouco conhecida dos paulistanos -a rede tem só uma loja na cidade, no shopping Center Norte-, a Riachuelo já acertou a entrada no shopping Interlagos em 97 e negocia com três outros centros de compra.
Essa nova investida está sendo desencadeada agora porque a empresa superou as dificuldades financeiras provocadas em grande parte pelo Plano Collor, diz Rocha. Foram fechadas as lojas localizadas em pequenas e médias cidades.
Em 95, as operações da Riachuelo foram lucrativas e no primeiro semestre de 96, o lucro chegou a cerca de R$ 9,5 milhões.
A expansão em São Paulo coincide também com a troca de agência de publicidade. A campanha para o Dia dos Pais, que começa a ser veiculada no dia 5 (não em São Paulo), já foi criada pela DPZ.
Essas mudanças justificariam a expectativa de crescimento acelerado. Em 95, a Riachuelo teve faturamento de R$ 241 milhões. A previsão para 96 é de R$ 310 milhões.

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