São Paulo, segunda-feira, 29 de julho de 1996
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Vanguarda escolheu Paris como moradia

SILVIO CIOFFI
DO ENVIADO ESPECIAL

Ao longo de sua história, Paris mudou conservando seus telhados e criando marcos de arquitetura.
Mas foi principalmente nos anos 60 que a capital francesa -hoje com cerca de 2 milhões de habitantes- se transformou.
Não que a modernização dispensasse suas raízes já no final do século, quando Paris já era sinônimo de vanguarda.
Em 1889, a cidade hospedou uma exposição universal que mudou muito de sua paisagem. A torre Eiffel, construída para o evento, simboliza bem essa arrancada.
Com os tempos modernos vieram a Belle Époque, o estilo art nouveau e movimentos artísticos que tornaram a "Cidade Luz" ainda mais luminosa.
O cinema dos irmão Lumière, os primeiros aviões, o gramofone e os automóveis chegaram para ficar. Nos anos 20, o cubismo e o surrealismo também eclodiram e muitos dos estrangeiros que visitaram Paris nessa época decidiram ficar.
Com os anos 30 vieram novos estilos como o art déco e a arquitetura moderna de Le Corbusier.
Mas a Segunda Guerra (1939-45), quando Paris esteve sob ocupação nazista, causou o fim da festa e da liberdade intelectual.
O tempo passou, a cidade viveu as barricadas estudantis de 1968.
A França elegeu o socialista François Mitterrand em 1981 e 1988, e o presidente construiu uma pirâmide de I.M. Pei ao lado do Louvre. Antes de ser feita de pedras, Paris é feita de idéias, de um turbilhão delas.
(SC)

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