São Paulo, terça-feira, 30 de julho de 1996 |
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Ex-ministro rouba a cena durante posse
DANIEL BRAMATTI
Quando o presidente Carlos Menem, no discurso com que deu posse a Fernández, qualificou Cavallo como "o melhor ministro de Economia que teve a República argentina praticamente em toda a sua história", um prolongado aplauso se ouviu no salão de atos da Casa Rosada, a sede governamental. "Cavallo lançou os pilares do programa que transformou a Argentina em um dos países com melhores possibilidades na Terra", reforçou Menem. Terminada a cerimônia, em que só o presidente discursou, Roque Fernández abraçou Cavallo e saiu rapidamente. Mas o ex-ministro permaneceu muito tempo no salão recebendo apertados abraços de ex-colegas de gabinete, inclusive dos que foram seus adversários, empresários e autoridades. O presidente também elogiou o novo ministro, apresentando-o como o homem que ajudou a Argentina a superar a crise decorrente da explosão mexicana de 94. Menem procurou desfazer o mal-estar criado na sexta-feira, quando admitiu que Fernández era sua terceira opção, depois dos economistas Roberto Alemann e Miguel Angel Broda. Ambos estavam presentes à solenidade e elogiaram a escolha. Segundo Alemann, o problema fiscal é o mais grave que Fernández terá que enfrentar. "O desemprego vem depois e será resolvido com investimentos", disse. Calvo ganhou notoriedade no final de 94 como um dos poucos economistas que previram a eclosão da crise mexicana. Ele também apontou o déficit fiscal como o principal problema do governo. Texto Anterior: Malan é 1º a ter audiência com Fernández Próximo Texto: Bovespa tenta espantar crise Índice |
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