São Paulo, terça-feira, 30 de julho de 1996
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NO ESPÍRITO OLÍMPICO

Além de "dar alegria para esse povo sofrido", como disse o jogador brasileiro durante a Copa do Mundo, o bom desempenho do Brasil nesta Olimpíada deve contribuir para o crescimento do esporte no país. Em meio às agruras de um mundo muitas vezes cravado pela mesquinhez, só pode ser positivo que floresçam as saudáveis atividades esportivas.
Já com oito medalhas e a maior delegação enviada aos Jogos, esta é a melhor campanha da história do Brasil. Somente em Los Angeles, em 84, quando o boicote do bloco socialista facilitava a colocação para as demais nações, o Brasil chegou a conquistar igual número de medalhas.
Ainda assim, há 12 anos, só uma foi pela primeira colocação. Agora, o Brasil já tem duas de ouro. E o iatista Robert Scheidt tem garantida hoje a nona medalha brasileira, que poderá ser de prata ou de ouro, como a que conquistaram ontem seus colegas Torben Grael e Marcelo Ferreira.
Depois do tropeço na estréia dos campeões da Copa do Mundo, o país tem assistido a várias vitórias nos esportes coletivos. Seleções de vôlei, basquete e futebol têm boas chances de subir ao pódio.
Sem ufanismo que procure esconder o drama social do país e evitando o eventual oportunismo de políticos que tentem explorar o sucesso dos atletas, vale registrar a alegria da leal disputa do esporte.

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