São Paulo, quinta-feira, 1 de agosto de 1996
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Reino Unido começa a destruir embriões

Grupo antiaborto pede adiamento

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo do Reino Unido começa hoje a destruir mais de 3.000 embriões humanos congelados, desprezando apelos do grupo britânico Life, contrário ao aborto, de médicos italianos e do Vaticano.
Uma lei do país diz que os embriões fecundados em laboratório devem ser destruídos depois de cinco anos a não ser que seus pais peçam uma extensão do período ou os ofereçam para a adoção.
Os 3.300 embriões que devem ser destruídos a partir da 0h de hoje (19h de ontem em Brasília) não foram reivindicados pelos pais. Outros 3.000 ainda vão ser destruídos porque os pais não os querem.
Os embriões serão tirados de grandes congeladores, degelados e mortos com a adição de uma gota de álcool ou água. Eles serão então queimados com o resto do lixo dos hospitais nas próximas semanas.
O grupo Life apresentou três casais que disseram querer adotar embriões. A lei diz que eles precisam da concessão dos pais.
O grupo pediu o adiamento de seis meses na destruição dos embriões para a localização dos pais. Muitos foram criados a partir de doadores de óvulos e de espermas.
Médicos italianos disseram ter escrito ao chanceler do país, Lamberto Dini, oferecendo-se a comprar os embriões do Reino Unido.
A rádio do Vaticano dedicou ontem espaço de sua programação para criticar a decisão britânica.

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