São Paulo, sexta-feira, 2 de agosto de 1996
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Entrevista vira 'saia justa'

RICARDO FELTRIN
DA REPORTAGEM LOCAL

A coordenadora da Operação Rodízio, Cléo Toledo, viveu uma "saia justa" na madrugada de ontem, ao ser entrevistada no programa "Jô Soares Onze e Meia", no SBT. "Ele não me deixou falar", disse Cléo Toledo.
"Infelizmente, o Jô, como pessoa pública e formadora de opinião, é atualmente contrário ao rodízio. Espero que ele se informe melhor sobre o que estamos fazendo."
A Folha tentou localizar Jô Soares ontem até as 20h. No SBT, a informação foi de que toda a sua produção já havia ido embora.
Na entrevista, Jô Soares questionou a constitucionalidade e a eficiência de um rodízio que não inclui caminhões e ônibus. "São os maiores poluidores", disse ele à coordenadora.
Cléo Toledo, 43, respondeu que 30% dos caminhões que circulam na capital vêm de outros Estados e que não seria possível multá-los.
Também disse que não seria possível incluir os ônibus no rodízio porque eles são um meio de transporte público.
Jô chegou a duvidar que a Cetesb esteja multando caminhões e ônibus desregulados, que expelem fumaça preta.
Ela afirmou à Folha que o órgão, este ano, já aplicou 27 mil multas por isso (R$ 462 cada uma).

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