São Paulo, sexta-feira, 2 de agosto de 1996 |
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Médico faz transplante inédito de coração no RS
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
Com a cirurgia, aumenta a expectativa de vida do paciente, que tem 49 anos e era vítima de miocardiopatia dilatada. Os portadores dessa doença, causada por vírus ou pelo alcoolismo, têm o coração maior que o normal, o que diminui a capacidade de contração do músculo. A equipe de Lucchese reduziu o coração do paciente Délcio Tavares em março de 1995. Com o procedimento, sua pressão arterial pulmonar diminuiu, possibilitando o transplante, ocorrido na segunda passada. O doador foi um rapaz de 22 anos que morreu em um acidente. Um dos problemas para que não pudesse fazer o transplante diretamente é que, por causa da miocardiopatia dilatada, sua pressão pulmonar arterial se elevava, o que atrapalhava o transplante. A redução do coração funcionou como uma fase intermediária do transplante. Lucchesse disse que 70% dos pacientes de transplantes de coração vivem mais cinco anos após a operação. Apenas 5% têm morte imediatamente depois de receberem um novo coração. Portadores da doença em fase terminal vivem de dois a três meses. Um dos problemas da redução do coração é a morte súbita de alguns pacientes após a cirurgia, fato que também se verifica em portadores da miocardiopatia dilatada que não se submetem à cirurgia. Para evitar a morte súbita, a equipe de Lucchese adotou a implantação de um aparelho que dá choques, regularizando os batimentos cardíacos. Texto Anterior: Maluf inaugura obra sem aval do patrimônio histórico Próximo Texto: Secretário 'vigia' hospitais pela TV Índice |
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