São Paulo, sexta-feira, 2 de agosto de 1996
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Governo argentino nega a desvalorização do peso

Ministro da Economia diz que boato veio de bancos no Brasil

DANIEL BRAMATTI
DE BUENOS AIRES

O presidente da Argentina, Carlos Menem, e o ministro da Economia, Roque Fernández, se esforçaram ontem para desmentir os boatos de que o peso poderia sofrer uma desvalorização em relação ao dólar.
"Um banco internacional com sede no Brasil sinalizou, por meio de seus operadores, que a desvalorização poderia acontecer. Repito que vamos manter a paridade cambial", disse Fernández, ao final de uma reunião do gabinete ministerial, na residência oficial de Olivos.
O recado foi dirigido ao exterior, já que o mercado local operava com tranquilidade. A bolsa de Buenos Aires fechou em alta de quase 1,5%, mas chegou a cair na véspera por causa dos rumores.
Anteontem, Fernández ameaçou punir o "banco internacional" que havia divulgado as versões, sem indentificá-lo. Segundo o ministro, o banco poderia sofrer sanções por "práticas desleais de mercado".
Sem citar fontes, o jornal "Clarín" apontou o Banco Garantia, de São Paulo, como responsável. Já o jornal "El Cronista" listou três suspeitos: ING Baring Bank e Lehman Brothers, além do Garantia.
Claudio Haddad, diretor do Garantia, não atendeu à Folha por estar em viagem. Até o fechamento desta edição a Folha não conseguiu falar com os outros dois.
Assessorias de imprensa do Ministério da Economia e do Banco Central afirmaram não ter informações oficiais sobre o caso.
Na inauguração de uma cooperativa de produtos lácteos, Menem disse: "Enquanto eu for presidente, um dólar valerá um peso e um peso valerá um dólar". Recebeu aplausos dos presentes.

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