São Paulo, sexta-feira, 2 de agosto de 1996
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Fundo vai capitalizar empresas em SC

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Foi lançado ontem em São Paulo um fundo de investimento com capital de R$ 30 milhões para empresas catarinenses emergentes.
O fundo, que tem a participação da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) e da Previ (Fundo de Pensão dos Funcionários do Banco do Brasil), vai propiciar a capitalização de empresas de médio porte e prepará-las para uma eventual abertura de capital.
Podem ter acesso aos recursos do Fundo de Empresas Emergentes de Santa Catarina as empresas de capital fechado, que faturam até R$ 30 milhões por ano.
Cerca de 400 delas -com faturamento anual de R$ 10 milhões a R$ 30 milhões por ano- já foram pré-selecionadas, informa Carlos Henrique Ramos Fonseca, consultor da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina).
Ele conta que, pelo regulamento, esse fundo pode aplicar no máximo 10% do seu capital numa única empresa, com participação minoritária -até um terço do capital.
"É preciso democratizar o capital. O mercado de ações ainda é pequeno. Os empresários precisam pensar mais em pagar dividendos em vez de juros", diz Luis Vasconcellos, presidente da Previ.
Osvaldo Moreira Douat, presidente da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), lembra que uma empresa com o capital estruturado pode, sim, discutir uma associação -por exemplo, com um grupo estrangeiro- e não simplesmente ceder o controle acionário. "Esse fundo é uma espécie de encubadora para a abertura de capital."
Alfredo Rizkallah, presidente da Bovespa, diz que a criação do fundo é uma "atitude corajosa" porque aposta em novas empresas.
Para ele, outros Estados e investidores vão seguir esse caminho.
Os cotistas
A Previ participa com R$ 7,5 milhões, e a Bovespa, com R$ 1,25 milhão. Também são cotistas o BNDES Participações (R$ 9 milhões), a Fundação das Centrais Elétricas de Santa Catarina (R$ 5 milhões), a Fundação do Sistema da Fiesc (R$ 1,25 milhão), o Banco do Estado de Santa Catarina (R$ 3 milhões) e a Fundação dos Empregados do Banco do Estado de Santa Catarina (R$ 3 milhões).
Quem vai administrar o fundo é a Santa Catarina Administradora de Fundos Ltda., já registrada na CVM, que tem como sócios o Banco Fator, o Banco do Estado de Santa Catarina e a Fiesc.

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