São Paulo, sexta-feira, 2 de agosto de 1996
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Soteropolitano mostra sabor da Bahia

JOSIMAR MELO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Um ar rústico de restaurante de praia, onde se come, com vagar (como manda o fazer baiano), pratos perfumados pelo dendê é o que oferece o restaurante Soteropolitano, que já pode ser considerado uma boa referência do que é que a Bahia tem na cozinha.
Seus proprietários são soteropolitanos (nascidos em Salvador) chegados a São Paulo há dez anos. Júlio Valverde, arquiteto e dedicado cozinheiro amador, decidiu virar restaurateur. No que foi acompanhado pela mulher, Débora Valverde, então pedagoga.
As reservas financeiras do casal não foram suficientes para grandes reformas na casa e mobílias, mas o quintal é acolhedor o bastante para atrair jovens baianos desterrados, que ali passam as tardes nos fins-de-semana. E a comida defende fielmente as cores da Bahia.
As moquecas demoram meia hora para chegar à mesa, conforme aviso. É que tudo é feito na hora, providência que ele considera indispensável. Uma estrutura mais profissional apressaria o serviço, e uma maior oferta de entradas amenizaria a espera; mas ela não é em vão. As moquecas não decepcionam: não são escandalosamente baianas quanto à quantidade de dendê (amenizada) e de pimenta (servida à parte), mas não são desnaturadas pela adaptação excessiva ao gosto paulista.
Têm perfume e -coisa rara- têm os peixes e camarões cozidos com parcimônia. Eles vêm ainda firmes. Podem também vir à mesa como ensopados, uma versão sem dendê. Acompanham-se de pirão, farinha e arroz, além de um perfumado pote de pimenta, que combina a malagueta e a pimenta-de-cheiro. A carne-de-sol é produção da casa, fórmula aprendida por Júlio com a sogra.

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