São Paulo, sexta-feira, 2 de agosto de 1996![]() |
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Roma apaga luzes em protesto
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS A Prefeitura de Roma ordenou apagar as luzes dos principais monumentos da cidade em protesto contra a sentença de Priebke.O prefeito da cidade, Francesco Rutelli, disse que faria na noite de ontem uma manifestação nas Fossas Ardeatinas (local do massacre) em homenagem aos mortos. O governo italiano também difundiu comunicado dizendo estar "amargurado" com a decisão. "Apesar do devido respeito à decisão da magistratura militar, o governo não pode esconder a extrema amargura por causa da dor e das responsabilidades que ela provoca", disse comunicado oficial. Parlamentares italianos fizeram ontem um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. A presidente das Comunidades Judaicas na Itália, Tullia Zevi, disse que a sentença de Priebke era "horrível". "Uma sentença histórica foi desperdiçada", afirmou. O líder da comunidade judaica na Argentina, Ruben Beraja, criticou a corte italiana e disse que quer que Priebke seja proibido de voltar a Bariloche. "Essa decisão vai contra todo sentido de justiça." O grupo caça-nazistas Centro Simon Wiesenthal também pediu que Erich Priebke seja impedido de voltar à Argentina. "Seria um insulto à memória dos que morreram no Holocausto permitir que Priebke volte", disse o porta-voz do grupo na Argentina, Sergio Widder. O juiz alemão Klaus Schacht afirmou que a Itália agora se torna o lugar mais seguro para Priebke. Texto Anterior: Veredicto deixa ex-nazista impune Próximo Texto: Priebke era o 'avô bonachão' Índice |
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