São Paulo, sábado, 3 de agosto de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Psicóloga decide trabalhar a pé

ROGERIO SCHLEGEL
DA REPORTAGEM LOCAL

A psicóloga Sueli de Queiroz, 45, vai suar para respeitar o rodízio. Nos dias em que seu carro terá o final proibido de circular, ela vai caminhar até o trabalho.
"Pelo menos posso ir a pé e escapar do táxi e do transporte coletivo", afirma.
Queiroz tem vantagens adicionais: costuma andar para fazer exercício e, durante um período do dia, trabalha no consultório anexo a sua casa.
No início do ano, a psicóloga esteve no México e constatou os problemas que a reação ao rodízio criou lá. "Não é lenda aquela história de que as pessoas compraram carros velhos para poder circular à vontade", diz.
"Acabou aumentando a poluição. Tenho medo que algo parecido possa ocorrer aqui, pois no México começou assim, com uma operação temporária."
Reclamação Queiroz acredita que é preciso trabalhar para melhorar as condições do ar de São Paulo, mas diz que o rodízio, da forma como está sendo implantado, não é solução.
"É absurdo deixar os caminhões de fora", reclama.
Em sua opinião, deve haver uma política global voltada para retirar carros particulares das ruas de São Paulo, priorizando e dando qualidade ao transporte coletivo.
(RSc)

Texto Anterior: Saiba como recorrer das multas
Próximo Texto: Restrição vai sobrecarregar trens do metrô
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.