São Paulo, sábado, 3 de agosto de 1996
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Casarão divide espaço com prédio

ESPECIAL PARA A FOLHA

Um exemplo de harmonização entre o direito individual à propriedade e o interesse da coletividade em preservar imóveis de valor histórico é a Casa das Rosas, um dos poucos casarões do começo do século que restaram na avenida Paulista.
Os proprietários não puderam demoli-la -destino de quase todos os casarões da avenida Paulista- nem modificá-la, mas conseguiram autorização para construir um prédio de 20 andares na parte de trás do terreno, que dá para a alameda Santos.
Projetada em 1928 pelo arquiteto Ramos de Azevedo, o mesmo do Teatro Municipal de São Paulo, foi tombada em 1982 pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo).
Tombada, a Casa das Rosas foi vendida em 1986 para o arquiteto Júlio Neves e para o empreendedor imobiliário Mário Pimenta de Camargo, que estavam interessados nos fundos do terreno.
Depois de negociar com o Condephaat, eles obtiveram permissão para construir um prédio de escritórios onde antes ficavam as quadras de tênis.
Mas o Condephaat exigiu que os proprietários restaurassem a mansão, trabalho que durou os quatro anos de construção do prédio. Exigiu também que o edifício fosse construído sobre pilotis, acima do nível da casa, deixando um vão livre que permitisse a visão do casarão também da alameda Santos.

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