São Paulo, sábado, 3 de agosto de 1996
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Rebelde derrotou EUA

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A morte de Eidid faz os EUA encerrarem uma de suas maiores "caçadas". O país chegou a oferecer US$ 25 mil -uma fortuna para os padrões somalis- para a captura do líder rebelde, vivo ou morto.
O motivo de tanto ódio é a humilhação imposta por Eidid aos soldados americanos durante a intervenção no país, em 1993. Eidid sempre conseguiu escapar da perseguição dos EUA.
Desde o desembarque das tropas da ONU para conter a guerra civil no país, em 1992, até sua retirada, no ano passado, centenas de soldados das forças de paz e dos EUA foram capturados e mortos no país.
O plano de ajuda humanitária da ONU também falhou, e pouquíssimo material chegou à população atingida pela guerra civil.
Esse conflito começou em 1991, quando várias facções rebeldes derrubaram o ditador Mohamed Siad Barre. Logo em seguida, elas se lançaram em uma disputa sangrenta pelo poder.
"Deus vai destruir Washington", afirmou Eidid em 1993, em ar de desafio, sob os pesados ataques aéreos que os EUA impunham à capital.
Aquela ação, batizada "Restaurar a Esperança", acabou se tornando o pior fracasso militar americano desde a Guerra do Vietnã.

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