São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996 |
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Cidade cresce em ritmo lento
DA REDAÇÃO Porto Alegre cresce em ritmo mais lento do que o Brasil. Entre 1980 e 1991, a população aumentou apenas 1,05%, contra a média nacional de 1,93%.Alguns avaliam que esse fato atenua os problemas da cidade. Outros constatam que o município tem um Plano Diretor elitista (o primeiro do país, feito em 1959), que acabou freando a ocupação desordenada que atingiu as cidades brasileiras nos anos 70. A nova reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Wrana Panizzi, 46, opina que é necessário flexibilizar o Plano Diretor para incorporar a parte ilegal na cidade -entre 25% e 30%, calcula. Apesar dos elogiados indicadores sociais da cidade, Panizzi lembra que 30% da população porto-alegrense vive em habitações precárias. Vida nos bairros Com mestrado em Urbanismo na Universidade de Paris 7 Cretéll, a reitora indicada acha que a administração petista peca por não ter feito projetos mais amplos na estrutura viária e na de habitação. Ações tópicas Nesse ponto, considera as ações da prefeitura muito tópicas, restritas a regularizações e pequenos assentamentos. Panizzi observa que a cidade alterou o sentido de seu desenvolvimento: até os anos 80, ele ocorria para o centro; hoje estão sendo criados subcentros nos bairros com vida própria. Essa mudança não foi acompanhada por obras viárias e o trânsito preocupa. Segundo Panizzi, o problema se agravou em 1995, quando cresceu em 25% o número de veículos na cidade. O prefeito Tarso Genro afirma que está negociando financiamento para a construção da Terceira Perimetral, que, segundo ele, aliviará o problema. Mas Genro acha que a questão "foi criada pelos adversários" em período eleitoral. Diz que a velocidade média em hora de pico na capital é de 30 km/h, contra 10 km/h em São Paulo. Texto Anterior: Câmara reclama esvaziamento Próximo Texto: Projeto asiático vira marca malufista Índice |
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