São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996 |
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Sucessor herda dívida de R$ 5 bi
JOSIAS DE SOUZA
Parte da dívida, cerca de R$ 810 milhões, refere-se a compromissos contratuais assumidos pela prefeitura. O restante é relativo à emissão de títulos. A dívida em títulos está sendo empurrada com a barriga. Valendo-se de mecanismo aprovado pelo Senado, a prefeitura vem rolando entre 95% e 98% da totalidade do débito. É a única forma de financiar as obras que têm vitaminado o prestígio do prefeito Paulo Maluf e aumentado a musculatura de seu candidato, Celso Pitta, nas pesquisas de opinião. O mecanismo da rolagem automática das dívidas não beneficia apenas São Paulo. Vale para todos os Estados e municípios. Foi uma concessão do Senado aos governadores e prefeitos endividados. No caso de São Paulo, a rolagem torna o orçamento administrável. A prefeitura tenta reprogramar sua dívida. Uma alternativa é financiá-la com empréstimos externos. Se encontrar bancos dispostos a fazer a operação, o município reivindicaria prazos de até 25 anos para pagar. Uma providência que alongaria o perfil do débito. (JS) Texto Anterior: Prefeito muda imagem e volta a sonhar com Planalto Próximo Texto: 'Infelizmente, só votei nele uma vez' Índice |
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