São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

'Infelizmente, só votei nele uma vez'

Paulo Maluf reúne 'fãs' de várias idades

JOSIAS DE SOUZA
DA REDAÇÃO

Felipe Altenfeuder, 11, só terá direito a portar título eleitoral dentro de cinco anos. Mas já sabe em quem irá votar: Paulo Maluf.
Na escola, em pleitos simulados, já votou duas vezes em Maluf -para prefeito e para governador do Estado.
A pedagoga Ana Helena, mãe de Felipe, é simpatizante do PSDB. Votará em José Serra. Fernando Altenfeuder, pai do garoto, também é partidário de Maluf. "Quando eu era menor, votava no Maluf porque meu pai também votava. Agora que estou maior, voto porque acho que ele é bom", faz questão de esclarecer Felipe.
"A maioria dos meus colegas gosta do PT. As professoras também. Diziam, brincando, que eu era o único malufista da classe. Isso nunca me incomodou."
Pergunte-se a Felipe por que gosta de Maluf. A resposta: "As obras dele são bem importantes". Que obras? "O que me chama mais a atenção é o Cingapura e as obras de trânsito. O Cingapura principalmente, porque acaba com as favelas."
Admiradores
Os admiradores de Maluf destacam-se pela fidelidade que devotam ao eterno candidato à Presidência. Ewaldo da Silva Telles, 29, faz ouvidos moucos para as acusações dirigidas a Maluf. Qualquer acusação.
"Na época do colégio eleitoral, quando chamavam ele de ladrão, eu simplesmente não acreditava", diz Ewaldo. "Podem dizer o que quiserem. É tudo mentira. No Maluf eu acredito."
Nascido em São Paulo, Ewaldo é empresário do ramo de papel. Mora em Brasília. "Infelizmente, só pude votar no Maluf uma vez, na eleição em que o Collor foi escolhido." Mônica, sua mulher, também é malufista.
(JS)

Texto Anterior: Sucessor herda dívida de R$ 5 bi
Próximo Texto: Pele favoreceu escolha de Pitta
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.