São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Depoimento

"Logo que meu pai morreu, em Adamantina (interior do Estado), vim para São Paulo com calmante na cabeça e um pouco de dinheiro no bolso. Conheci o pai de meu filho em seguida. Ele era maître de um restaurante que eu frequentava. A gente ficou amigo e começou a namorar em pouco tempo -e ele torrou meu dinheiro em 40 dias.
Colocou tudo em uma creperie que não deu certo. Além disso, não sabia administrar nada. Se cair de quatro, aquele ali não levanta. Ele vendeu a creperie para pagar as dívidas e embolsou o resto. Eu não tive como provar a extorsão, porque ele levava o dinheiro direto do caixa do banco -eu ia com ele sacar. Não tenho recibo de nada.
Todo mundo me dizia que ele não valia nada, mas eu não queria ver. Ele viu que tinha uma tonta na mão e resolveu se divertir. Quando percebi, já era tarde. Depois que ele me abandonou sem nada, ainda jogou na minha cara que estava saindo com a ex-mulher. Ele gastou meu dinheiro com droga também -cocaína. Não tive mais nenhum relacionamento sério depois dele -homem, agora, vai ser só para me divertir."

Dorotéia M, 37, é pedagoga.

Texto Anterior: Truqueiros dão golpe em apaixonadas
Próximo Texto: Ficam "amiguinhas" da sogra
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.