São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996
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Sociólogo aposta em melhorias

JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
DA REPORTAGEM LOCAL

Demógrafos e sociólogos vêem a crise do casamento como um momento de transição que pode levar, no futuro, a uma melhoria na qualidade dos relacionamentos entre homens e mulheres.
"Sou otimista. Ainda é cedo para afirmar, mas as pesquisas de opinião induzem uma nova expectativa da qualidade da relação, mais baseada no companheirismo", afirma a demógrafa Maria Coleta de Oliveira.
O sociólogo americano Frank Furstenberg Jr., após ressalvar que a capacidade de previsão dos demógrafos é comparável à dos meteorologistas, previu uma divisão mais igualitária do trabalho doméstico.
Duas pesquisas feitas nos EUA, uma em 1974 e outra em 1995, mostram que aumentou a disposição dos homens para um casamento em que ajudariam no trabalho doméstico.
Segundo Maria Coleta, a família pós-moderna se caracteriza pela multiplicidade de alternativas. "Cada um encontra o seu próprio modelo, sem ter que seguir um padrão", explica.
Esse conceito vem substituir o modelo consagrado após a Segunda Guerra Mundial, de uma família baseada no pai, na mãe e em um ou dois filhos.
Na ocasião, também houve uma reação das pessoas que defendiam a fórmula anterior à guerra, de uma família grande, que além de vários filhos, agregava os avós. Os saudosistas da época também previam o fim da família.
(JRT)

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