São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996
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Imigrante se prende menos

SILVIA QUEVEDO
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA,

em Florianópolis
A grande presença de imigrantes dá a Florianópolis um perfil cosmopolita, o que explicaria o recorde nacional de separações, afirma a antropóloga Carmen Rial, 41.
Para Carmen, o casamento é uma extensão do núcleo da família de origem e, longe de seu Estado, o indivíduo não sente a pressão familiar e se incomoda menos com uma eventual separação.
Já no terceiro casamento, o gaúcho Fernando Borges, 35, há sete anos em Florianópolis, acredita que a explicação faz sentido.
"Depois de viver 11 anos em Brasília e tanto tempo longe de meus pais e irmãos, que ficaram em Porto Alegre, me sinto independente e creio que não tenho dificuldades em me separar. Se precisar, parto para o quarto casamento", diz.
O gaúcho Antônio Ozi Zanittini, 35, viveu quase 20 anos em Brasília, mas se casou em Florianópolis, onde foi morar há seis anos.
Zanittini acredita que o gaúcho casa mais com sulistas por causa da questão geográfica. "É mais difícil encontrar uma garota de outro Estado no Sul", diz.

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