São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996
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Indústria foi front na 2ª Guerra

IGOR GIELOW
DE LONDRES

Além de econômica, a união proposta entre a BAe (British Aerospace) e a Daimler Aerospace carrega um simbolismo especial.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a indústria aeronáutica era a principal frente de combate entre o Reino Unido e a Alemanha.
Em 1940, com quase toda a Europa ocupada, o ditador Adolf Hitler planejou invadir o Reino Unido.
Separados fisicamente pelo canal da Mancha, britânicos e alemães teriam que se enfrentar no ar. Isso porque a Marinha alemã era inferior à britânica e a costa da Inglaterra, uma verdadeira fortaleza.
A lógica de guerra nazista obrigava o bombardeio de fortificações britânicas. E, na sequência, trazer terror às populações civis como forma de desmoralização.
No começo da guerra, a Luftwaffe (Força Aérea Alemã) estava melhor organizada e equipada, ainda que numericamente inferior.
O caça Messerschmitt Me-109, que virou o avião mais produzido em toda a história (36 mil unidades), era o orgulho da técnica alemã. Só que, na Batalha da Inglaterra, o cenário mudou. Os britânicos haviam aprimorado o Supermarine Spitfire, caça que superava o Me-109 em poder de fogo, embora fosse menos manobrável.
Aos poucos, a ofensiva foi cedendo pelas altas perdas da Luftwaffe. O premiê britânico, Winston Churchill, cunhou então a famosa frase "nunca tantos deveram a tão poucos", referindo-se aos pilotos de caça da RAF (Força Aérea Real).
(IG)

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