São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996
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Laboratórios investem US$ 300 mi até 97

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria farmacêutica instalada no país está investindo pesado para atender a um mercado interno cada vez mais forte e crescente.
A previsão para 96 e 97 é de investimentos da ordem de US$ 300 milhões, segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Abifarma), José Eduardo Bandeira de Mello.
Bandeira de Mello lembra que, nos últimos três anos, já foram concretizados outros US$ 600 milhões em investimentos.
A maior parte dos recursos está sendo empregada na compra de novos equipamentos e na construção de novas fábricas.
Segundo Bandeira de Mello, foram esses investimentos que fizeram o emprego no setor crescer 8,8% desde 92. Naquele ano, a indústria de remédios empregava 43.035 trabalhadores. No final de 95, o total passou a ser de 46.800.
"Com o fim da inflação, o crescimento do mercado interno após o Plano Real e o Mercosul, os investimentos aumentaram e teve empresa que até resolveu vir para o país, como a sueca Astra e a norte-americana Upjohn", afirma Bandeira de Mello.
Mercado potencial
Segundo ele, o Brasil é considerado um dos mercados com maior potencial, apesar de já ser o 10º maior do mundo em faturamento -US$ 8,2 bilhões em 95- e o 4º maior em volume de vendas -1,7 bilhão de unidades.
"Estima-se que apenas 32 milhões de pessoas tenham acesso a medicamentos neste país, o que dá a dimensão do potencial grande do mercado", diz Bandeira de Mello.
A inflação menor reduziu as perdas salariais e trouxe novos consumidores ao mercado, além de reduzir o prejuízo da indústria farmacêutica nas vendas à prazo.
Foi possível cortar preços -segundo Bandeira de Mello, eles subiram 8% de janeiro de 95 até junho- e obter aumento no valor médio da venda -R$ 4,67 em 95 para R$ 5,03 de janeiro a junho deste ano. "A cesta de produtos vendida mudou."

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