São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Tecnologia modifica costumes

DA REPORTAGEM LOCAL

Novas tecnologias transformam a etiqueta. Não é mais considerado indelicado, por exemplo, um bilhete a máquina -é impossível enviar e-mail (correio eletrônico) manuscrito, por exemplo.
Outro costume que tem mudado: chamar alguém de "você" está mais em voga do que de "senhor". "Alguns acham que 'senhor' envelhece", diz Claudia Matarazzo.
Nem sempre fazer um comentário "simpático" na sala do entrevistador para disputar um emprego é gafe. Vale a lei do bom senso.
É o que diz Simon Franco, 56, da Simon Franco Recursos Humanos. Ele concorda: gafe pode comprometer um grande negócio. "Mas pior é moldar demais e fazer a pessoa agir como autômato."
Não deixa de ser um risco apontar para uma foto sobre a mesa do entrevistador, perguntar se é a filha e o executivo responder: "Não, é minha mulher".
Lumi Toyoda, que ensina etiqueta japonesa, diz que nem todos os costumes são explicáveis. "Alguns nasceram há milênios e as razões se perderam no tempo."
Profissões também têm regras internas de etiqueta. Uma advogada de 26 anos, que não quer ser identificada nem sequer pelas iniciais, diz que, quando fazia estágio, foi ao fórum de calça jeans e miniblusa -quando o certo é ir de saia. Não pôde nem entrar.
Ela mesma já presenciou uma gafe, durante uma audiência. Em vez de chamar o juiz de "excelência", um colega de profissão o chamou de "excelente". Ato falho.

Texto Anterior: Gafes podem comprometer novo emprego
Próximo Texto: O que pode e o que não pode
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.