São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996
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Não basta ser pai, tem que participar

Você já imaginou como seria sua reação quando encontrasse pela primeira vez um filho de três anos que você nem sabia que existia?
Uma situação dessas aconteceu com Otávio Mesquita, que contou para a Revista as emoções de seu primeiro encontro com o filho Luís Otávio, de quase três anos, apenas alguns meses mais velho que o filho "oficial" de seu casamento, John.
"Recém-casado, uma antiga namorada me procurou para dizer que estava grávida. Achei que era brincadeira. Grávida estava minha mulher."
Mais ou menos um ano depois, Mesquita recebeu uma intimação de investigação de paternidade.
O resultado do teste de DNA confirmou que ele era o pai.
"Resolvi imediatamente assumir o filho e dar a ele meu nome, mas estava preocupado com o primeiro encontro. Não sabia como ele reagiria."
Quando Mesquita abriu a porta do flat onde o menino estava hospedado, suas pernas tremiam, ele suava e gaguejava. "Não conseguia falar, não sabia nem o que dizer". Foi então que Luís Otávio saiu correndo, abraçou suas pernas e disse: "papai". "Foi uma emoção tão grande quanto aquela que senti quando nasceu meu filho John."
Atualmente divorciado, Mesquita curte a vida de pai passando pelo menos uma vez por mês com os dois filhos, que, por sinal, se dão superbem.
Mesquita se empolgou tanto com a paternidade que promete fazer uma campanha para outros papais desapercebidos também assumirem seus filhos. "Acho muito triste os casos de Pelé e Edmundo."
(G.M.)

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