São Paulo, terça-feira, 6 de agosto de 1996
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Assassinato é hipótese

DA FOLHA SUDESTE

O médico-legista Fortunato Badan Palhares, 50, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), disse ontem que não está descartada a hipótese de Paulo César Farias e sua namorada Suzana Marcolino terem sido assassinados.
Palhares afirmou ontem, em Campinas (99 km a noroeste de São Paulo), que estão sendo realizadas uma análise residográfica e a identificação do DNA de uma amostra coletada no local onde o casal foi encontrado morto.
"Suponha que haja uma terceira pessoa que tenha sido ferida e este exame de DNA revele que havia mais alguém no local. Eu, como perito, tenho que excluir a possibilidade de homicídio para poder acatar depois a possibilidade de suicídio", afirmou.
Palhares disse que os exames, em princípio, servirão para mostrar de quem é o sangue e se o buraco na parede foi feito pelo mesmo projétil que matou Suzana Marcolino.
PC Farias e Suzana Marcolino foram encontrados mortos na casa de praia do empresário, em Maceió, no dia 23 de junho, cada um com um tiro no corpo.
Reconstituição
Peritos de Alagoas e Campinas fizeram a reconstituição do que poderia ter ocorrido na madrugada do crime e descobriram resíduos de sangue numa perfuração de bala encontrada na parede do quarto.
Segundo Palhares, ainda não se sabe se o projétil foi o mesmo que atingiu Suzana e se o sangue encontrado seria da namorada de PC Farias.
"O exame de DNA tem o objetivo de determinar a quem pertence aquele sangue encontrado no furo que estava na parede da casa de praia", disse.
A equipe da Unicamp também está realizando exames com uma arma semelhante à encontrada no quarto -Rossi calibre 38, cano curto- para verificar a dispersão de pólvora e o impacto causado no alvo.

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