São Paulo, terça-feira, 6 de agosto de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Popularidade de Zagallo despenca após o bronze
MARCELO DAMATO
A tendência, após a conquista da medalha de bronze pelo Brasil no torneio de futebol, é revelada por uma pesquisa com 660 paulistanos feita pelo Datafolha no dia 2 de agosto. A porcentagem de pessoas que acha o técnico bom ou ótimo caiu de 61%, no último dia 26 de julho, para 42%. Esse é o menor número em oito pesquisas feitas a partir de junho do ano passado, véspera da Copa América. É também a primeira vez que ele fica abaixo de 50%. Rejeição Zagallo assumiu a seleção brasileira em setembro de 1994, dois meses após a conquista da Copa do Mundo nos EUA. O índice de rejeição (ruim e péssimo), por outro lado passou de 5% a 19%, num aumento de 280%. Nas sete pesquisas anteriores, o valor mais alto dessa resposta foi de 9%, logo após a perda do título da Copa América para o Uruguai, na decisão por pênaltis. Os que julgam Zagallo regular passaram de 29% a 37%. O trabalho do técnico brasileiro na Olimpíada obteve nota média de 6,3. As notas mais citadas foram 5,0 e 8,0 (16% cada). Houve 12% de nota dez, e 7% de zero. A seleção olímpica teve 6,8 de nota média. Permanência A pesquisa mostra também que existem 40% de pessoas que defendem a saída do técnico. Mas os que defendem sua permanência continuam em maior número, 56%. Há 4% de indecisos. Entre os paulistanos que defendem a saída de Zagallo, a maioria relativa (41%) não soube nem sequer indicar um substituto. O palmeirense Wanderley Luxemburgo foi indicado por 31% do grupo dos descontentes. Telê (10%) e Carlos Alberto Parreira (8%) foram os únicos com pelo menos 5%. Zagallo tem contrato como técnico da seleção brasileira até o fim da Copa América do ano que vem. Mas, segundo o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, o treinador continuará no comando da equipe pelo menos até a Copa do Mundo da França, em 1998. "Minha meta sempre foi o pentacampeonato mundial. Enquanto eu tive saúde, vou continuar no futebol, seja na seleção ou em clube", afirmou Zagallo. Texto Anterior: Olimpílulas (Fim) Próximo Texto: Eleito o pior, Rivaldo afirma que não teme ficar 'marcado' Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |