São Paulo, terça-feira, 6 de agosto de 1996
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Eleito o pior, Rivaldo afirma que não teme ficar 'marcado'

MARCELO DAMATO
DO ENVIADO A ATLANTA E DA REPORTAGEM LOCAL

O meia-atacante Rivaldo, 24, foi eleito o pior jogador brasileiro na Olimpíada por 33% dos entrevistados pelo Datafolha.
Ele ficou muito à frente dos demais. Aldair veio em seguida, com 7%.
O lateral Roberto Carlos, o goleiro Dida e o meia-atacante Juninho receberam 4% dos votos cada como os piores da seleção.
O atacante Bebeto e o volante Amaral tiveram 3% das indicações.
Apesar do resultado da pesquisa, Rivaldo disse que não teme "ficar marcado pelos torcedores" e nem "ser esquecido pelo técnico Zagallo nas próximas convocações".
"Sei que vou fazer um bom campeonato na Espanha, pelo La Coruña, e depois voltarei à seleção."
Reserva Durante os Jogos Olímpicos, Rivaldo perdeu o lugar na equipe para Amaral por deficiência técnica.
Ele era um dos três jogadores da equipe (os outros eram Aldair e Bebeto) com idade acima de 23 anos.
"Realmente não fui bem na Olimpíada. Fiz tudo para acertar, mas acabei não conseguindo", analisou.
No primeiro semestre, Rivaldo foi apontado como o melhor jogador brasileiro, ao lado de Giovanni (ex-Santos).
Campeão paulista pelo Palmeiras, acabou negociado com o La Coruña, da Espanha, por cerca de US$ 10 milhões ao final do torneio.
Ele foi indicado pelo brasileiro Mauro Silva, que também atua na equipe espanhola.
O jogador viaja na próxima segunda-feira para a Espanha.
Em seguida, fará os exames médicos e iniciará os treinamentos em sua nova equipe.
O melhor A pesquisa do Datafolha apontou o atacante Ronaldinho como o melhor jogador brasileiro na Olimpíada.
O novo contratado do Barcelona, da Espanha, recebeu 29% dos votos.
O atacante Bebeto (20%), o volante Flávio Conceição (11%) e o volante Zé Elias (9%) foram os únicos que receberam índice acima de 5%.
Bebeto, com seis gols, Ronaldinho, cinco, e Flávio Conceição, três, foram os artilheiros do Brasil na Olimpíada.
Ronaldinho e Zé Elias, os mais jovens do time (19 anos) começaram a competição na reserva, mas, já na segunda partida, contra a Hungria, estavam entre os titulares.
Flávio Conceição iniciou o torneio olímpico como primeiro volante, mais recuado.
Na fase final da competição, passou a jogar como terceiro volante, à frente de Zé Elias e Amaral, com mais liberdade para finalizar.
O zagueiro Aldair foi único titular da equipe a não atingir 1% dos votos.
(MD)

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