São Paulo, terça-feira, 6 de agosto de 1996 |
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Detido 3º suspeito de assassinato
DANIEL BRAMATTI
Trata-se de um jovem de cerca de 20 anos, conhecido pelos vizinhos como "Florista Fernando". O nome completo do detido está sendo mantido em sigilo pela Justiça. Outros dois suspeitos foram presos na noite de sábado. Apenas um dos agressores continua foragido. Ele já foi identificado -é um motorista que costumava frequentar o bar onde ocorreu o crime. Segundo a paraguaia Zunilda Gonzalez, que vivia com Faria em Buenos Aires há dois anos, o florista foi o primeiro a atacar o brasileiro, na saída do bar. Os detalhes do espancamento foram relatados a Zunilda pelo brasileiro Mário Lakosky, que estava com Faria no sábado. Lakosky é a principal testemunha do crime. Enterro A família decidiu enterrar Faria na Argentina. O advogado de Zunilda desaconselhou o traslado do corpo para o Brasil, já que as investigações poderiam exigir uma exumação no futuro. As despesas com o funeral serão cobertos pelo consulado do Brasil em Buenos Aires. Ontem chegou à capital argentina o filho mais velho de Faria, Celso Renato Faria, de 25 anos, que trabalha como fotógrafo em um jornal de São José dos Campos. Ele considerou o assassinato "uma aberração". "Você fica sem saber o que falar. Meu pai nem era fanático por futebol. Não consigo entender essa rixa", disse Celso. Faria tinha outros dois filhos: Jacymari (24 anos) e Herik (15 anos). O brasileiro era imigrante ilegal na Argentina. Técnico em eletricidade industrial, ele vivia de trabalhos eventuais como eletricista. Morava em pensão com Zunilda e com a filha desta, Gisele, de 8 anos. O corpo de Faria ainda não foi submetido a uma necrópsia. Segundo Mário Lakosky, ele Texto Anterior: Eleito o pior, Rivaldo afirma que não teme ficar 'marcado' Próximo Texto: Governo argentino divulga pedido de desculpas Índice |
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