São Paulo, quinta-feira, 8 de agosto de 1996
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"É um desastre", diz secretário

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar das condições precárias em que vivem os habitantes dos abrigos da prefeitura, a Secretaria da Família e do Bem-Estar Social alega que não tem como levá-los para habitações definitivas.
A secretaria afirma ainda que a função de fazer vistorias e manutenção nos abrigos é da SAR (Secretaria das Administrações Regionais), de acordo com uma determinação do secretário de Governo publicada em 20 de março deste ano.
O secretário Artur Alves Pinto, das Administrações Regionais, afirma que a manutenção é feita sempre que solicitada, mas que a prefeitura não consegue dar conta da demanda.
"Nós damos conta dentro da normalidade, mas depois que consertamos e viramos as costas os próprios moradores roubam fios elétricos, lâmpadas e torneiras. É um desastre", afirma.
Para o secretário, o problema de segurança nos abrigos também é grave. "Um funcionário contratado pela prefeitura para fazer a manutenção foi esfaqueado no abrigo de Santa Etelvina", disse.
Pinto afirma ainda que a água e a luz do abrigo da Capela do Socorro, na zona sul, que foram cortados há três meses, deveriam ter sido pagos pelos próprios desabrigados. "Eles estão em uma associação particular. Esse foi o acordo feito com eles para deixá-los lá."
Segundo ele, a SAR tentou remover as famílias de lá para Santa Etelvina, na zona leste, há cerca de 20 dias, mas eles se negaram a ir.

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