São Paulo, sábado, 10 de agosto de 1996
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Área social e infra-estrutura terão R$ 54 bi

JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo dividiu meio a meio as verbas de seu plano de metas para 1997 e 98: R$ 27 bilhões para a área social e R$ 27 bilhões para obras de infra-estrutura. As semelhanças, entretanto, param por aí.
Os R$ 27 bilhões da área social estão espalhados entre 16 projetos, enquanto o dinheiro de infra-estrutura é rateado entre um número maior de obras: 26.
As ações sociais, como reforma agrária, devem ser custeadas com recursos fiscais e fundos públicos.
Já as obras envolvendo transporte, energia e irrigação -segundo o Plano de Metas- devem ser bancadas por recursos da iniciativa privada, financiamentos externos e recursos das próprias estatais que administram esses programas.
As ações sociais mais privilegiadas com verbas nos planos oficiais são a reforma agrária (R$ 5,3 bilhões) e iniciativas relacionadas ao combate ao desemprego: R$ 4,7 bilhões do Pró-emprego e R$ 2,2 bilhões do Proger.
Na parte de infra-estrutura, o programa de investimentos em telecomunicações é, de longe, o mais aquinhoado com recursos: R$ 16,1 bilhões. Em seguida aparece o programa de irrigação (R$ 2 bilhões) e várias obras em estradas.
Os gastos previstos para a área social devem ser custeados principalmente pelo dinheiro de fundos públicos, como o Fundo de Amparo ao Trabalhador.
Esses recursos são gerenciados por instituições financeiras federais, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal (CEF).
Também a maior parte das verbas originadas de Estados e municípios (R$ 2,2 bilhões) devem ir para a área social.

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