São Paulo, sábado, 10 de agosto de 1996
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Augusto se diz 'de alma lavada'

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ E DO ENVIADO ESPECIAL A MACEIÓ

O deputado Augusto Farias (PSC-AL), irmão de PC Farias, disse ontem estar de "alma lavada" com o laudo do perito Fortunato Badan Palhares, que confirmou a versão de que PC foi morto por Suzana, que em seguida suicidou-se.
"E agora, quem paga a conta das injustiças cometidas nesse caso contra mim e nossa família? Como ficam aqueles que levantaram suspeitas de que eu tivera participação nas mortes?", perguntou ele.
Augusto Farias assistiu a toda a apresentação feita pelos peritos, sentado na quinta fila do auditório do Tribunal de Contas do Estado, onde aconteceu o ato. Ele disse que na próxima semana o advogado da família, Nabor Bulhões, vai processar todas as empresas jornalísticas que "atacaram" a honra dele e da família.
Farias deu entrevista no mesmo palco em que momentos antes estivera Palhares.
Inquérito O delegado Cícero Torres, que desde o início do inquérito afirmava estar convicto de que Suzana Marcolino matara PC Farias e em seguida cometera suicídio, disse ontem em Maceió (AL) que "agora só falta descobrir a motivação de Suzana, para determinar que o crime foi passional".
Torres disse que deve receber na próxima semana o laudo sobre o perfil psicológico de Suzana, encomendado a psiquiatras. Segundo ele, com base no laudo será possível identificar a suposta passionalidade do crime.
Apesar de o laudo pericial confirmar a tese de homicídio seguido de suicídio, e descartar a hipótese de uma terceira pessoa no quarto no momento em que o casal morreu, Torres disse que o caso ainda não estava encerrado.
"No início me criticavam dizendo que eu estava sendo apressado na divulgação do resultado do caso. Agora, eu só digo que o caso está encerrado quando concluir o inquérito", afirmou ele.
Até agora foram tomados depoimentos de 33 pessoas. Torres disse que pretende ouvir mais duas para concluir o inquérito.
Inquérito
Dentro de 40 dias a Justiça de Alagoas deve decretar o arquivamento do processo que apura as mortes de PC Farias e de sua namorada, Suzana Marcolino, cujos corpos foram encontrados no dia 23 de junho, na casa de praia do empresário.

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