São Paulo, sábado, 10 de agosto de 1996 |
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São Paulo vence Palmeiras no rodízio
ROGERIO WASSERMANN
A Folha visitou os centros de treinamentos dos dois clubes e flagrou, no centro do Palmeiras, três "réus confessos", que rodaram com seus carros em dias proibidos. O meia Djalminha foi ontem duas vezes de sua casa, em Perdizes (zona oeste), ao Centro de Treinamento, na Barra Bunda (zona oeste), com seu jipe Grand Cherokee, que tem placa com final 0. Apesar de desrespeitar o rodízio, Djalminha se disse favorável à medida. "Está certo, sou a favor." O jogador disse desconhecer a placa do próprio carro. Depois de avisado pela reportagem que não poderia estar circulando ontem, sacou sua desculpa: "Não tem condução de onde eu moro para cá. Não teria como vir." O atacante Elivélton, que tem um Tempra vermelho com placa de final 7 também não respeitou a restrição. Na quinta-feira, ele foi de sua casa, em Santana do Parnaíba (Grande São Paulo), para o treino e foi multado. Elivélton afirmou que nas próximas quintas-feiras vai para o treino de carona com o atacante Cafu, seu vizinho. "Não quero ser multado outra vez." O técnico Wanderley Luxemburgo, 44, foi outro que circulou de carro no dia proibido. Ele saiu de casa com seu Mercedes com placa de final 3 na terça-feira. "Esqueci da proibição, mas depois voltei para casa e peguei um táxi para ir até o programa do Clodovil e depois para o Palmeiras", disse. O centroavante Luisão, 20, e o goleiro Veloso, 27, que têm carros com placas de final 0, foram dos poucos que seguiram a determinação e não circularam de carro ontem. Luisão pegou carona com o zagueiro Cláudio e Veloso pegou um táxi para chegar ao Centro de Treinamento. São Paulo No São Paulo, nenhum dos jogadores ouvidos pela Folha desrespeitou o rodízio. O goleiro Zetti, 31, foi treinar ontem de carona com o zagueiro Sorlei, porque não poderia circular com seu Tipo com placa de final 0. "Sou a favor, na situação em que nós estamos. Moro no 20º andar e todo dia vejo aquela nuvem de poluição no horizonte." Para Zetti, os caminhões e os ônibus que andam com os motores desregulados também deveriam ser punidos. O volante Axel, 26, também chegou de carona ao treino de ontem. Ele tem uma Pajero com placa de final 0. "Respeito para não ser multado, mas acho que a solução mesmo é o metrô, porque tem muito carro rodando." O técnico Carlos Alberto Parreira, 53, que se disse favorável à medida, também foi ao centro de treinamento de carona, com o preparador físico Moracy Santana, mas por outro motivo: "Ainda não tenho carro em São Paulo." Texto Anterior: Fiscais vão usar máscaras Próximo Texto: Destino depende do Contru Índice |
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