São Paulo, sábado, 10 de agosto de 1996
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Pintor veio do Oeste

DA REPORTAGEM LOCAL

O pintor Jackson Pollock foi durante anos não apenas o gênio da pintura americana de seu tempo, mas também o terrível e excêntrico alcoólatra que foi sustentado por uma mulher apaixonada por seus quadros.
A grande mecenas de sua vida foi a milionária e colecionadora Peggy Guggenheim, que lhe fornecia a tranquilidade necessária e uma mesada mensal para que pudesse dar conta de suas criações.
Incomodado por uma sempre presente timidez, Pollock se educou no Arizona e na Califórnia.
Por volta dos 30 anos, descobre a psicanálise que, somada ao seu fascínio por Picasso, os surrealistas e o México, o ajudaram a compor sua obra.
Hoje suas telas têm valores que circulam ao redor de US$ 8 milhões. Mas não só por seu talento. Também por sua imensa fragilidade de suas obras.
Em seus trabalhos, sempre usava tinta comercial, geralmente eficaz para pinturas de casas ou cercas. O resultado é que a tinta pode lentamente afetar o pano da tela.
A última grande exposição internacional de suas telas ocorreu em Paris, em 1982. Desde então, pode apenas ser visto nos museus americanos.
Na "4ª Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo", em 1957, os brasileiros viram uma pequena retrospectiva de seus trabalhos, organizada um ano depois de sua morte.
"Morrer bêbado, com duas garotas no carro, em um estúpido acidente contra uma árvore, em Long Island, tornou-o um símbolo próximo de James Dean. Era a forma por excelência da morte trágica nos EUA, e Pollock tornou-se o Van Gogh do Wyomming", como escreveu o crítico Robert Houghes.

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