São Paulo, segunda-feira, 12 de agosto de 1996
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Saiba como foi a renegociação da dívida

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em 15 de abril de 94, o governo formalizou a renegociação de US$ 47 bilhões da dívida externa junto aos bancos credores internacionais privados, reunidos no Comitê de Bancos Credores (Bank Advisory Committee for Brazil).
A principal vantagem para o governo brasileiro foi trocar papéis da dívida por bônus, reduzindo os encargos tanto sobre a diminuição do principal como sobre os juros.
Para atrair os bancos credores, o Brasil forneceu como garantia títulos emitidos pelo Tesouro norte-americano.
Mas, como o Tesouro dos EUA recusou-se a fazer uma emissão de títulos especiais para a operação, o BC brasileiro teve que comprar os papéis no mercado secundário.
Mais de 13% da dívida externa (US$ 6,3 bilhões) negociada tem como credores bancos nacionais (Banco do Brasil, Banco Real, Banespa, Itaú e Econômico).
Diferentemente dos bancos estrangeiros, os bancos brasileiros tiveram condições mais favoráveis e utilizaram o valor integral dos bônus, sem desconto, na privatização. Os bancos estrangeiros podem participar na privatização com um deságio mínimo de 35%.

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