São Paulo, segunda-feira, 12 de agosto de 1996![]() |
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Indústria sofistica produtos exportados
FÁTIMA FERNANDES
A Cecrisa, por exemplo, que exporta para 61 países, informa que a valorização do real sobre o dólar fez a empresa perder competitividade na faixa de produtos mais populares. A saída, diz Antonio Maciel Neto, da Cecrisa, foi agregar valor aos produtos e oferecer pisos e azulejos mais elaborados ao exterior. A Cecrisa exportava, basicamente, revestimentos cerâmicos, por US$ 4 a US$ 5 o metro quadrado. "Nossa idéia é brigar agora na faixa de US$ 6 o metro quadrado, para incomodar os italianos e os espanhóis", diz Maciel Neto. Esses dois países competem com linhas mais caras, que custam cerca de US$ 7 o metro quadrado. Quem está ganhando espaço no comércio de pisos e azulejos populares, conta, são Turquia, México e alguns países do Leste Europeu. "O negócio agora é mudar de faixa e tentar pegar mercado da Itália e da Espanha." A Cecrisa prevê repetir neste ano a exportação de 1995, de US$ 32 milhões. Em 1994, embarcou o equivalente a US$ 39 milhões. Além do câmbio desfavorável às vendas externas, afirma Maciel, os aumentos de custos -sobretudo de embalagens- também pesaram contra as exportações. A Cecrisa decidiu também mudar o mix de produtos para competir no mercado interno. Lançou a linha Portinari, para disputar venda numa faixa mais sofisticada, e dividiu a produção entre pisos e azulejos. Até recentemente, os pisos participavam com apenas 15% do volume fabricado pela empresa. "Também investimos US$ 20 milhões em modernização." Otimista, Maciel Neto diz que as vendas de pisos e azulejos têm tudo para deslanchar. "Linhas de financiamento à exportação começam a aparecer e já se fala em seguro de crédito", afirma. A Cecrisa saiu de uma concordata que durou cinco anos ao renegociar com o Banco do Brasil dívida de US$ 9,1 milhões. Antonio Kandir, ministro do Planejamento, participou do conselho de administração da empresa de 92, após deixar o governo Collor, até junho deste ano. (FF) Texto Anterior: Campanha para aumentar o consumo custará até R$ 3 mi Próximo Texto: Mappin do ABC vira centro de compras Índice |
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