São Paulo, segunda-feira, 12 de agosto de 1996
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Montevidéu fascina pelo ritmo

ANA ASTIZ
DA PUBLIFOLHA

Andar pela "rambla", a larga calçada junto à praia que enfeita a orla de Montevidéu, é meu passeio predileto quando visito a cidade onde nasci e vivi até os sete anos.
É caminhando desde o porto até Carrasco que se percebe bem a principal característica do Uruguai: a serenidade do ritmo da vida, imune à aceleração progressiva que contamina o resto do mundo.
As pessoas -nota-se logo o grande número de idosos- sentam-se para conversar ao sol e tomar o típico mate nos bancos ou em cadeirinhas que trazem de casa, sempre com a garrafa térmica de água quente sob o braço.
Crianças brincam em volta com carrinhos e papagaios, adolescentes mais barulhentos se agrupam em torno de bicicletas, patins e aparelhos de som portáteis.
E quando cai a tarde, começam a se iluminar os janelões de prédios residenciais em frente à "rambla". Espio com curiosidade para dentro dos apartamentos de classe média abastada, pois observar a vida que escapa por essas janelas é outro de meus passatempos em Montevidéu. Talvez porque em São Paulo a vida se passa tão a portas -e janelas- fechadas.
Como há muitos anos não vivo em Montevidéu, e as últimas férias passadas na cidade ficaram para trás há anos, pedi à minha amiga Virgínia um roteiro. Afinal, por mais serenas que pareçam as coisas, lá ocorrem mudanças.

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