São Paulo, quinta-feira, 15 de agosto de 1996 |
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Moon distribui ambulâncias no MS
LUIZ TAQUES
A seita de Moon ficou famosa no Brasil em 81, quando foi acusada de sequestro de menores, lavagem cerebral e escravização. As acusações não foram comprovadas. Templos seus foram depredados em várias cidades. O anúncio da construção foi feito anteontem em Jardim (265 km a sudoeste de Campo Grande), durante entrega de 28 ambulâncias a 28 municípios do Estado que fazem fronteira com Paraguai e Bolívia. O templo, de 6.000 m2, terá capacidade para 30 mil pessoas. A cidade de Jardim tem 20 mil habitantes; Guia Lopes da Laguna, cidade vizinha, tem 10 mil. "As ambulâncias custaram aproximadamente R$ 700 mil", afirma o reverendo Yoon Sang Kim, 57, braço direito nos negócios do reverendo no Brasil. Moon disse que espera atrair, nos próximos anos, 100 mil pessoas da região para a Igreja da Unificação. Resistência A instalação e a expansão da Igreja da Unificação encontra resistência nas outras igrejas do Estado. "A seita dele é muito perigosa", diz o bispo de Jardim, d. Onofre Cândido Rosa, 72. "Alguma coisa existe por trás disso tudo, pois a seita dele não faz nada de graça", diz o pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil em Guia Lopes da Laguna, Valdemir Leonardo dos Santos, 32, que se apresenta como candidato a vereador anti-Moon pelo PT. Sede Moon comprou em Jardim as fazendas Santa Rita do Pontal (125 hectares) e Reforma (também de 125 hectares), em janeiro. Cada uma custou R$ 200 mil. No dia 6 de julho de 95, por outros 25 hectares em Nioaque, o reverendo desembolsou R$ 64 mil. As três propriedades estão registradas em cartório em nome da Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo Mundial. Juntas, formam a fazenda Nova Esperança, onde 70 jovens de vários países preparam-se para difundir a doutrina de Moon. Em abril deste ano, Moon comprou uma fazenda de 3.000 hectares em Porto Murtinho, a 200 km de Jardim. Outros 9.000 hectares em Porto Murtinho e 1.800 hectares em Jardim já teriam sido adquiridos pela igreja, mas ainda não foram registrados em cartório. Colaborou Marcia Padilha, do Banco de Dados Texto Anterior: Receita faz 'superdevassa' na Universal Próximo Texto: Desapropriação ágil passa na Câmara Índice |
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