São Paulo, sexta-feira, 16 de agosto de 1996 |
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Procuradoria reforçará investigação sobre crime
ANDRÉ LOZANO
O procurador-geral de Justiça, o chefe do Ministério Público (MP) paulista, Luiz Antônio Guimarães Marrey, determinou o reforço do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais -órgão responsável pelo combate ao crime organizado. "Vamos reforçar o setor de investigação sobre crime organizado, aumentando o número de promotores. Achamos que o combate a essas organizações pode refletir na diminuição da escalada da violência", afirmou Marrey. O procurador-geral disse que, a curto prazo, designará mais um promotor para o setor de combate ao crime organizado, que passará a ter quatro profissionais. Marrey considera que o aumento da violência em São Paulo está relacionado à difusão das drogas, principalmente do crack. "Não há dúvida que há relação entre o aumento da violência gratuita e a expansão dos entorpecentes." Na tentativa de combater a difusão das drogas, o coordenador do setor de combate ao crime organizado, Mário Papaterra Limongi, informou que o Ministério Público fará o mapeamento dos pontos de venda de drogas e das rotas de tráfico no Estado. Esse mapeamento será realizado com auxílo do Denarc (Departamento Estadual de Investigação sobre Narcóticos). O MP criará também um banco de dados com informações sobre processos e com os perfis de criminosos e de grupos organizados. "Esse banco de dados proporcionará cruzamento de informações que ajudarão na identificação de criminosos. A partir dessa identificação, poderemos traçar planos de ação", informou Limongi. Ele disse que promotores passarão a participar de investigações em conjunto com policiais do Denarc, com objetivo de auxiliarem os inquéritos policiais. O MP criará ainda um grupo de combate a chacinas, que será formado por cinco promotores -um de cada Tribunal do Júri da cidade. Juntamente com essas ações, o Ministério Público pretende informatizar todas as suas promotorias no Estado. Desarmamento A OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), a Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo e o Tribunal de Alçada Criminal lançam no próximo dia 20 (terça-feira) uma campanha de desarmamento. O slogan da campanha, criada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, será "Não Morra em Defesa Própria". "Queremos atingir o cidadão que usa arma pensando que pode se proteger. Na verdade, a arma se torna um instrumento de insegurança para ele", disse o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP, Jairo Fonseca. Pesquisa da OAB mostra que em cada 16 pessoas que reagem a assaltos com armas de fogo, 15 morrem e apenas uma sobrevive. Texto Anterior: Aluno atira em rosto de colega dentro de escola Próximo Texto: Secretário só resolveu problema de outra pasta Índice |
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