São Paulo, sexta-feira, 16 de agosto de 1996
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Medida foi unilateral, afirma diplomata japonês

DENISE CHRISPIM MARIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Japão e União Européia não concordam com os resultados da consulta formal sobre o regime automotivo brasileiro na OMC (Organização Mundial do Comércio).
Também contestam a versão de que houve acordo sobre a questão. A consulta formal, cuja primeira rodada ocorreu na última quarta-feira em Genebra, deve prosseguir, como admitiu o ministro Luiz Felipe Lampreia ontem em São Paulo.
"Não houve acordo. A cota tarifária é medida unilateral imposta pelos negociadores brasileiros", afirmou Toshiro Okada, responsável pela área econômica da Embaixada do Japão.
"Vamos continuar com as consultas formais porque precisamos insistir nos pontos do regime automotivo que contrariam as normas da OMC", concluiu.
Segundo Okada, o Japão pleiteava cota tarifária de 70 mil carros.
A Folha apurou junto à delegação da União Européia que seus negociadores compartilham das mesmas posições do Japão.
Também questionam pontos do regime automotivo brasileiro que comprometem seus fabricantes de autopeças.
Esses pontos são o índice de nacionalização, que limita a 40% a utilização de peças e componentes importados para montadoras nacionais, e a obrigatoriedade de vinculação das importações ao volume exportado.

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