São Paulo, sexta-feira, 16 de agosto de 1996
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Resgates financiam guerrilhas

DA REDAÇÃO

O principal objetivo dos sequestros na Colômbia é financiar as atividades de grupos guerrilheiros. A revista "Semana", de Bogotá, estima que o pagamento de resgates chegue a meio bilhão de dólares por ano -quase 1% do PIB local.
A Colômbia é o país do mundo que mais tem sequestros: 1.158 casos registrados em 1995 (muitos outros não são reportados às autoridades). Em segundo lugar na lista está o Paquistão.
Desde 1995, as Farc ultrapassaram o Exército de Libertação Nacional (ELN) na liderança de sequestros do país. Em média, cada refém fica nove meses no cativeiro -o que custa quase US$ 3.500 aos sequestradores.
O resgate médio de um refém é de cerca de US$ 240 mil. Estrangeiros valem mais -de US$ 300 mil até quase US$ 4 milhões.
Segundo "Semana", os sequestros são tão organizados que as Farc e a ELN chegam a "terceirizá-los". Os grupos sequestram uma pessoa e negociam o resgate, mas deixam o refém sob responsabilidade de um grupo de criminosos comuns. Por outro lado, é comum que os líderes guerrilheiros cobrem duas vezes por um refém.
A revista, em sua edição de terça-feira, relata o caso de excursionistas que escaparam de ser sequestrados porque seus nomes estavam em uma lista de "não-sequestráveis" das Farc.
O guerrilheiro verificou essa informação, no meio de uma trilha na Sierra Nevada, usando um computador portátil.

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