São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996 |
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Prefeitos embalam candidatos em capitais
CARLOS EDUARDO ALVES
No Rio, o pefelista Luiz Paulo Conde saltou de 4%, na pesquisa de 9 de julho, para 24%. O candidato do prefeito César Maia (PFL) está agora em situação de empate técnico com Sergio Cabral Filho (PSDB), que oscilou positivamente de 26% para os atuais 29%. A margem de erro na pesquisa carioca é de três pontos percentuais para cima ou para baixo. Ou seja, a dianteira do tucano está dentro do intervalo de cautela. A escalada de Conde corresponde à descida de Miro Teixeira (PDT). O candidato do brizolismo foi de 21% para 12%. O quadro no Rio sugere que, pela primeira vez nas últimas eleições municipais, a esquerda pode ficar fora do segundo turno. O avanço de Conde ocorre em todas as divisões da pesquisa. O candidato de Maia já lidera entre os eleitores com escolaridade maior e renda mais alta. Na pesquisa espontânea, aquela em que não é apresentado ao entrevistado um cartão com o nome dos candidatos, Conde tem 18%, e o tucano fica com 17%. Miro dispara na rejeição (34%). Já Sergio Cabral Filho é vetado por 13% dos entrevistados e Conde, por 12%. Curitiba A virada mais espetacular, até agora, ocorre em Curitiba. Escorado no governador Jaime Lerner e no prefeito Rafael Grecca, Cássio Taniguchi (PDT) dispara na frente ao saltar de 24% para 51%, o que lhe garantiria a vitória no primeiro turno, caso a eleição fosse realizada no dia da pesquisa. Caminho inverso é percorrido por Carlos Simões (PSDB), que desce de 44% para 30%. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou menos. Taniguchi lidera em todas as divisões por idade e renda. Na espontânea, ele tem 40%, contra 19% do tucano. A situação do candidato pedetista torna-se mais confortável quando se observa o item rejeição: apenas 14% dos curitibanos dizem que não votariam em Taniguchi de maneira alguma. PT Porto Alegre pode estar caminhando para eleger seu terceiro prefeito petista. Raul Pont, amparado no prestígio do atual prefeito, Tarso Genro, oscilou positivamente de 46% para 49%. A luta mesmo se dá pelo segundo lugar. Maria do Carmo (PPB), Yeda Crusius (PSDB) e Paulo Odone (PMDB) disputam a vaga para um eventual segundo turno, com 11%, 10% e 7%, respectivamente. A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou menos. Na espontânea, Pont fica em 36% e é secundado por Crusius, com 7%. O petista é rejeitado por 12%, e Maria do Carmo é hostilizada por 27%. Texto Anterior: A ponte Próximo Texto: Ex-prefeitos estão na frente no ABCD Índice |
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