São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996 |
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Senado pode dar aval ao BC para trocar dívida externa
FERNANDO RODRIGUES
A intenção de Kleinubing é liberar o BC para trocar cerca de US$ 51 bilhões de títulos da dívida externa. A condição é que o Senado seja informado a cada 30 dias, ou quando as operações atingirem ou ultrapassarem US$ 500 milhões. O governo apóia o relatório. Há chances reais de ele passar na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado e pelo plenário. O BC havia solicitado ao Senado, em abril, permissão para trocar o equivalente a US$ 10 bilhões de títulos da dívida externa. Vantagens A idéia é oferecer papéis com juros maiores. Em troca, o país poderia resgatar o que empenhou na compra de títulos, como garantia de pagamento de parte dos juros e do principal da dívida externa. Outra vantagem seria melhorar a imagem do país. É que esses novos títulos seriam comprados voluntariamente por investidores no mercado externo. Por isso, não teriam o deságio dos atuais papéis. O pedido do BC está em análise na CAE. O relator foi o senador Roberto Requião (PMDB-PR). Para ele, haveria risco de fraudes se o BC ficasse apenas obrigado a prestar contas depois de realizar a operação de troca. Por isso, Requião fez várias exigências. O senador propunha, por exemplo, limite para o valor de dívida a ser trocado. Também exigia algum tipo de deságio mínimo na conclusão da operação. "Eu sei que eles querem mudar tudo e liberar. O governo vai usar a política de São Francisco de Assis e vai conseguir isso", disse Requião. Texto Anterior: Saída de Klein anuncia reforma Próximo Texto: Nove pessoas morrem em duas chacinas Índice |
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