São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996
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Crise expôs influência política

GUSTAVO PATÚ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Proer causou polêmica não apenas pelos custos, mas por trazer à tona erros do BC, motivações políticas em decisões econômicas e fraudes no sistema financeiro.
Quando a situação do Econômico ficou insustentável, em agosto de 95, o BC não teve mais como esconder que o banco estava quebrado há meses.
Investigações do Ministério Público mostraram que o BC injetava dinheiro no banco baiano desde dezembro de 94.
O governo negou e nega influência política na decisão, mas os ataques do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) ao fechamento do Econômico foram mais eloquentes.
A perda de credibilidade só se agravou com a descoberta das fraudes de R$ 5,5 bilhões no Nacional. Restou ao BC anunciar a "falha" da fiscalização.
Como se o desgaste não fosse suficiente, o governo tropeçou na comunicação. Entre outros exemplos, a MP do Proer foi editada na madrugada de um sábado.
(GP)

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