São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996
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'Estão querendo intimidar testemunhas'

RONI LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

O assistente de acusação do caso Daniella Perez, o advogado Arthur Lavigne, disse que o advogado Paulo Ramalho está fazendo "um jogo de cena" para tentar intimidar os frentistas que serão convocados para falar no julgamento.
"Ele está querendo intimidar as testemunhas, que são humildes e acreditam nessas coisas (possibilidades de prisão)", disse Lavigne.
O promotor José Muiños Piñeiro Filho diz que alguns fatos comprovam que os frentistas disseram a verdade.
O motorista João Batista Faustino, por exemplo, disse em depoimento à polícia na época do crime ter seguido o carro de Guilherme de Pádua, a pedido de duas fãs, e visto o ator entrar no posto onde Daniella Perez parara, minutos antes, para abastecer o seu carro.
"O Paulo Ramalho vai ter que explicar o que o Guilherme foi fazer no posto", disse Piñeiro. Segundo os frentistas Danielson da Silva Gomes e Flávio de Almeida Bastos, um Santana interceptou o Escort da atriz na saída do posto.
Um homem teria descido do carro, dado um soco na atriz e, após imobilizá-la com uma gravata, jogado Daniella dentro do Santana. Esse homem -que seria Guilherme- teria tomado o volante do Escort. Os dois carros arrancaram.
Uma lesão junto ao olho direito de Daniella, constatada pela perícia, seria a prova de que ela levou um soco. "Fiz uma consulta médica. Essa lesão pode ter sido provocada por um soco", diz Piñeiro.

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