São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996
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Clinton apoia endurecimento

DE NOVA YORK

Ele vendeu a imagem de paladino na luta contra o crime. Logo no início, colocou no orçamento federal U$ 8,8 bilhões para as cidades contratarem mais 100 mil policiais e jogou mais U$ 15 bilhões no combate às drogas.
Adotando teses defendidas pelos republicanos, defendeu a extensão da pena de morte, reduziu a possibilidade de apelação, estimulou que se aumentasse as penas contra ciminosos, mantendo-os mais tempo na cadeia.
Uma das modas americanas é estabelecer o limite de três crimes considerados graves, depois do terceiro, o criminoso pega prisão perpétua. Com aumento das penas, crescemos gastos com prisão. Apenas a nível federal, os gastos para construir novas prisões chegam a U$ 5 bilhões.
Pilotando a onda de pavor da sociedade americana, Clinton montou uma briga com as redes de TV, obrigadas a estabelecer auto-censura em seus programas para evitar cenas de violência. Um código aciona um aparelho dentro da TV, que automaticamente desliga o filme.
Ele também endossou a idéia do toque de recolher para jovens, a fim de que não fiquem nas ruas e, supostamente, não provoquem ou sejam vítimas de violência.

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