São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996 |
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O método Bratton 1) A polícia deve ser tratada como se fosse uma empresa. A primeira providência deve ser estabelecer uma meta de "produção", baseada em números. Ou seja, estabelecer perante a organização policial e opinião pública qual a taxa de crime que se vai perseguir e o tempo que deverá ser dispendido. * 2) Em Nova York, quando assumi, a "margem de lucro" perseguida pela polícia era muito modesta. Queriam uma redução de 2% ao ano, do crime. Aumentamos o patamar e estabelecemos 10%, o que seria sentido nas ruas, garantindo apoio da população e estimulando ainda mais a polícia. * 3) Depois de um mês no cargo, mudei quase toda a cúpula das delegacias. Com aquela mão-de-obra não conseguiria implantar novos métodos. Identifiquei pessoas que acreditavam em nossas metas e lutariam por elas. * 4) Dividimos o departamento de polícia em 12 áreas vitais para conseguir realizar nossas metas -áreas como tecnologia, treinamento, promoções, equipamento. E mexemos na estrutura de cada um desses setores. * 5) Para as pessoas com posições-chaves foram delegadas o máximo de responsabilidades, dinamizando assim a tomada de decisões. Anteriormente, nas delegacias, essas pessoas sempre agiram a partir de ordens centrais. Acabamos com essa burocracia. As delegacias passam a competir entre si para melhorar a produtividade. * 6) Transformamos em obsessão monitorar nossa performance. Graças a um novo sistema informatizado, todos sabiam de tudo o tempo todo, e podíamos cobrar em cima de resultados. Um mapa indicava a cada dia onde o crime piorava ou melhorava. * 7) Todos os meses, todos os principais responsáveis pela segurança se reuniam para interpretar os dados e estabelecer novos prazos. Texto Anterior: Vandalismo é alvo de tática Próximo Texto: Polícia ágil é receita para qualquer país Índice |
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