São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996
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Herdeiros Rossi apostam em treinamento

CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

"Escute o que o cliente tem para falar. Essa é a maneira de descobrir o que ele realmente precisa".
Se tivesse que dar uma única instrução para seus funcionários sobre a arte de bem vender, essa seria a recomendação de Vittorio Emanuele Rossi Júnior, um dos herdeiros de Primo Rossi.
O grupo é um dos mais tradicionais na cidade de São Paulo na venda de automóveis. Atualmente, o grupo possui duas concessionárias Volkswagen.
Vittorio e uma das irmãs, Mônica, dividem hoje com o pai a direção das empresas do grupo (a irmã mais velha é médica).
Iniciado em 1958, com uma loja de veículos usados, o grupo faturou no primeiro semestre deste ano aproximadamente R$ 34 milhões, segundo Mônica.
O principal objetivo dos dois irmãos hoje é melhorar o atendimento ao consumidor, o que inclui tentar vender o que o cliente realmente precisa e não necessariamente o carro que ele diz que quer comprar ao chegar na concessionária, afirma Vittorio.
Investimentos
Para ter condições de atender melhor seus clientes, os Rossi estão apostando nos investimentos em treinamento dos funcionários e em tecnologia.
Hoje, o que diferencia uma loja de automóveis de outra é a qualidade do serviço. Por isso, a empresa reduziu em 10% o número de funcionários administrativos e de retaguarda, mas aumentou em 45% o número de empregados envolvidos diretamente no atendimento ao consumidor.
A reestruturação operacional do grupo inclui ainda maior informatização e melhor aproveitamento dos recursos.
As margens de lucro, antes elevadas e garantidas, diminuíram. As revendedoras descobriram que é preciso lucrar não apenas com a venda de carros, mas também com os serviços.
Atualmente, assistência técnica e negócios com automóveis usados já são responsáveis por cerca de 20% da receita do grupo Rossi.

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