São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996 |
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Saques já superam os depósitos no FGTS
GABRIEL J. DE CARVALHO
No mesmo período de 95 o fluxo teve saldo de R$ 680 milhões favorável ao fundo. Entraram nos cofres do FGTS, nos sete primeiros meses de 95, R$ 5,48 bilhões, em números redondos, e saíram R$ 4,80 bilhões. Neste ano, em igual período, foram arrecadados R$ 6,71 bilhões (aumento de 22,4%) e liberados R$ 6,46 bilhões (mais 34,6%) -somando todos os tipos de saque, por demissões sem justa causa, aposentadorias e casa própria. Deixando de lado o mês de janeiro, mês atípico em termos de arrecadação, pois tem a influência da segunda parcela do 13º, paga em dezembro, os saques chegam a superar os depósitos em cerca de R$ 60 milhões. No ano passado, o saldo líquido foi negativo para o FGTS em apenas um mês, o de maio, considerado o período fevereiro/julho. Agora, as retiradas ultrapassaram a arrecadação em quatro dos seis meses. Em julho passado, o FGTS arrecadou R$ 953,35 milhões e registrou saques de R$ 975,60 milhões. No mês anterior o saldo foi positivo para o fundo, mas em apenas R$ 19 milhões. Mercado de trabalho A Caixa Econômica Federal, que levanta esses dados, faz a ressalva de que os números são provisórios, oscilando pelo menos durante alguns meses. É que o dinheiro recolhido com atraso por empresas entra, na série, no mês devido, e não no do pagamento efetivo. É que tem diminuído o número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada. E salário mensal é a base dos 8% do FGTS. A pesquisa feita na Grande São Paulo pelo convênio Seade-Dieese mostra não apenas que a taxa de desemprego saltou de 13% no ano passado para 16% em meados de 96, mas também que o emprego formal, do tipo assalariado, vem se reduzindo gradualmente. A do IBGE, feita em seis regiões, também constata essa mudança na estrutura do mercado de trabalho. Texto Anterior: Grupo amplia franqueados Próximo Texto: Doméstico terá direito à multa sobre o fundo se for demitido Índice |
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